Aromas da Terra - Pós Graduação em Aroma Terapia

É fato que o cheirinho" dos óleos essenciais dá o que falar. Muito mais do que um simples cheiro, a Aromaterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza os aromas de óleos essenciais extraídos de plantas para promover o equilíbrio físico, mental e emocional. Utilizada como terapia alternativa ou complementar, tem o propósito de estimular diferentes áreas do cérebro, proporcionando alívio de sintomas variados e promovendo o bem-estar. Este artigo explora a implementação da Aromaterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), destacando seus benefícios e o papel crucial que desempenha na promoção da saúde e bem-estar da população brasileira.

As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. As práticas foram institucionalizadas por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC).

Desde 2018 a Aromaterapia é reconhecida como Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), mediante homologação junto ao Ministério da Saúde através da Portaria nº 702 de 2018, atendendo ao público de forma individual e coletiva [1]. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também reconheceu que as PICS possuem embasamento científico e utilizam de recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde. Elas estão presentes em 78% dos municípios brasileiros e contemplam todas as capitais do país, com 29 práticas atualmente como: acupuntura, homeopatia, yoga, aromaterapia, entre outros. O tratamento integrado entre a medicina tradicional e as PICS traz benefícios já comprovados como diminuição da ansiedade e depressão.

Benefícios e Impactos

A inclusão da aromaterapia no rol de Práticas Integrativas e Complementares do SUS reflete o compromisso do sistema em oferecer um atendimento centrado no bem-estar do paciente. Com esta portaria, pacientes ganham acesso a uma abordagem terapêutica adicional, capaz de tratar não apenas sintomas físicos, mas também aspectos emocionais e psicológicos.

Com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade, estas práticas contribuem para a ampliação de alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades; motiva as ações referentes à participação social, incentivando o envolvimento responsável e continuado dos usuários. [2]

O emprego de métodos não farmacológicos visando ao alívio da dor, dentre os quais se destaca a aromaterapia, demonstra inúmeras vantagens em sua implementação. Tais abordagens se evidenciam como opções de custo acessível, de aplicação descomplicada e não invasiva. [3]

Capacitação gera oportunidades

Com a oficialização da aromaterapia no SUS, surgem diversas oportunidades para os profissionais, abre-se um novo campo de estudo e prática, ampliando o leque de abordagens terapêuticas disponíveis. Apesar dos avanços, a implementação efetiva da aromaterapia no SUS ainda enfrenta desafios. É necessário investir em pesquisa científica e na formação de profissionais para assegurar a prática segura e eficaz. Além disso, a conscientização e informação da população sobre os benefícios da aromaterapia são fundamentais para a sua aceitação e adoção como uma prática terapêutica válida.

Portanto, ao unir a ciência e a abordagem terapêutica dos óleos essenciais à moderna prática da medicina integrativa, o Brasil dá um passo importante na ampliação das opções terapêuticas oferecidas aos cidadãos. Contudo, para que essa prática seja realizada de forma segura e eficaz, é importante que os profissionais recebam uma capacitação em aromaterapia.

A capacitação adequada não apenas aprimora o conhecimento sobre os óleos essenciais e suas aplicações terapêuticas, mas também instrui sobre as melhores práticas, precauções e protocolos de segurança. Nesse sentido, é fundamental que os profissionais busquem cursos e formações reconhecidas, garantindo assim um cuidado de alta qualidade e minimizando possíveis riscos para os pacientes.

Além disso, a capacitação também habilita os profissionais a personalizar os tratamentos de acordo com as necessidades individuais, considerando fatores como histórico de saúde, sensibilidades e preferências. Dessa forma, a aromaterapia se torna uma ferramenta ainda mais poderosa para promover o bem-estar físico e emocional.

Referências

1 PACHECO, Vera Aparecida Pinto; MORAES, Francine Campolim. AROMATERAPIA E SAÚDE INTEGRAL. 2021.

2 BRASIL, 2015 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília, 2015.

3 LEHUGEUR, Danielle; STRAPASSON, Márcia Rejane; FRONZA, Edegar. Manejo não farmacológico de alívio da dor em partos assistidos por enfermeira obstétrica. Rev. Enferm. UFPE online, p. 4929 - 4937, 2017.

4 RODRIGUES, Janaina; DA SILVA, Nayara Magalhães Aguiar; DOS SANTOS, Isabel Lis Moisés; DA SILVA, Andre Luiz Ferreira, 2023

5 SUS: tratamentos com aromaterapia servem para combater problemas de saúde. Estado de Minas, 2022. Disponível em:https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2022/11/25/interna_bem_viver,1425797/sus-tratamentos-com-aromaterapia-servem-para-combater-problemas-de-saude.shtml" https://www.em.com.br/app/noticia/saude-e-bem-viver/2022/11/25/interna_bem_viver,1425797/sus-tratamentos-com-aromaterapia-servem-para-combater-problemas-de-saude.shtml Acesso em: 15 de setembro de 2023.

6 PICS - Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Ministério da Saúde, 2023. Disponível em:https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pics" https://www.gov.br/saude/pt-br  https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pics">/composicao/saps/pics Acesso em: 15 de setembro de 2023.

7 PRÁTICAS INTEGRATIVAS NO SUS: AROMATERAPIA. Fiocruz, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30494">https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30494 Acesso em: 15 de setembro de 2023.

Por Karoline Dias - Jornalista e Analista de Comunicação e Marketing - MTB 4053/CE